15 de março de 2011

Assis e Tarumã são multadas em quase 200 mil reais por permitirem maus tratos aos animais em rodeios


As cidades de Assis e Tarumã sofreram multa no valor de R$191.250,00 por infringirem a Ação Civil Pública n°1733/01, que proíbe maus tratos a animais em rodeio.
O Ministério Público do Estado de São Paulo foi o órgão responsável pela multa às cidades, que foram penalizadas por ilegalidades no 1° Rodeio Fest Show, promovido pela APRUMAR na cidade de Assis no período de 10 a 12 de setembro de 2010 e na 18ª Festa do Peão do Tropeiro de Tarumã, ocorrida no Centro de Eventos "Sebastião Domingos Beneli", no período de 02 a 05 do mesmo mês.
As ações civis públicas tiveram início graças à documentação adquirida na fiscalização do tratamento dado aos animais, que se deu por meio da ação voluntária do Coletivo V.I.D.A. (veículo de intervenção pelo direito animal), através de fotos, vídeos e minuciosos relatórios produzidos pelos ativistas. Estes constituíram um documento rico em detalhes e foi protocolado pela Promotoria Pública e ajuizado.
Uma das irregularidades que consta no relatório é o uso do sedém: "Puxado com extrema força pelo peão, o sedém aperta a região do vazio dos animais, fazendo com que estes pulem, demasiado e agonicamente, numa tentativa de afrouxar o instrumento. Tanto isto é verdade que, mesmo com o peão ao chão, o animal continua com seus saltos até que o instrumento que lhe causa sofrimento pare de exercer sua função".
Além do uso de choque elétrico, foram verificados, durante todos os dias em que se deu a fiscalização, inúmeros tipos de maus tratos: "utilização do sedém, pau para condução do animal, esporas, corda americana, falta de água e comida para os animais, exposição ao barulho excessivo das caixas de som e luzes, fogos de artifício próximos aos animais, feridas e escoriações nos mesmos, excrementos nos animais devido ao pânico e estresse, tapas e chutes na condução dos animais e longo período de presença do animal no brete."
Os voluntários ressaltaram que, em momento algum, esperam que estes relatórios impeçam qualquer tipo de entretenimento, evento cultural ou festa. "É certo exigirmos momentos de diversão e entretenimento, mas isso não pode custar o preço de que animais sejam subjugados e mau tratados de maneira arcaica e ultrapassada", comentaram.

Assista o vídeo e veja a realidade por trás dos rodeios.
 Para saber mais, acesse: http://www.coletivovida.blogspot.com/
Por Janaína Camoleze

5 de março de 2011

Após ser torturado com requintes de crueldade, gato consegue fugir e é adotado por protetores

Jorge, o gato, depois de ser espancado e muito machucado, conseguiu fugir e pedir ajuda para sobreviver; hoje ele está protegido, mas perdeu a capacidade de perceber quando é a hora certa de ‘ir ao banheiro’
No colo dos tutores Edna e Alceu, o gato Jorge se sente seguro (Foto: Cristiano Zanardi/Agência Bom Dia)



Era um dia de sábado e, por volta das 9h, três homens em uma casa, no bairro Jardim Prudência, em Bauru (SP), começaram os preparativos para um churrasco.
Não se sabe por que, e nem deve haver uma explicação, esses homens pegaram o gato Jorge que estava no terreno baldio ao lado da residência e começaram a praticar uma sessão de tortura com o felino.
Pedrada, vassourada, tesoura para retalhar a orelha do gato e outras coisas, que é melhor nem imaginar, eles fizeram. Quando cansavam, pegavam Jorge pelo rabo e o atiravam de volta ao mato. Porém, voltavam a buscar o bichano para continuar o ritual de crueldade.
As atrocidades seguiram até por volta das 19h, quando Jorge conseguiu reunir forças e se arrastar até a casa de uma senhora que morava por ali e que desde cedo escutava as barbaridades que estavam sendo feitas contra o animal.
A senhora, assustada, saiu à rua em busca de ajuda e, por sorte, acabou encontrando o corretor de imóveis Alceu Christiano Pereira Carvalho, 22, que estava na área por acaso. E foi para ele que ela contou essa história.
Ali, naquela hora, aquela senhora não podia imaginar o tamanho de sua sorte em encontrar Alceu. Desde 2008, Alceu e sua noiva Edna Fernandes, 23, resgatam gatos que sofreram maus-tratos e os abrigam em casa.
O corretor conseguiu tirar Jorge de trás da máquina de lavar roupas, em estado de choque e completamente machucado. Correram para o veterinário, o gato e seu salvador. Depois de todos os cuidados, o médico constatou que além dos cortes e ossos quebrados, Jorge ficou com uma sequela irreversível. Um distúrbio neurológico que faz com que ele não tenha controle e nem tenha percepção de suas necessidades fisiológicas.
Então, além do rabo todo quebrado e sem movimento, o gato acaba urinando e defecando sem perceber. “A ideia inicial era recuperar o Jorge e colocá-lo para adoção, mas depois que ficamos sabendo disso, resolvemos ficar com ele, porque dificilmente alguém vai querer cuidar dele assim”, conta Alceu.
Jorge também ficou sem o movimento dos membros traseiros depois da surra, mas com os cuidados do casal, conseguiu recuperar e, hoje em dia, anda bem.
Edna e Alceu dizem que há possibilidade de uma cirurgia para reverter a situação do gato, mas eles temem que, por ser muito invasiva, Jorge corra o risco de perder o movimento das perninhas novamente.
Na casa, Jorge é o 13º morador felino. Muito assustado, ele, que está com cerca de um ano de idade, fica em sua cama, forrada de tecido para conter sua evacuação, toma banho todos os dias para que a acidez da urina não queime sua pele e ganha muitos carinhos dos tutores.
Edna e Alceu têm uma comunidade de sucesso no Orkut chamada “Pipo”, nome de um dos gatos resgatados. Por lá, eles conseguem doações de remédios e materiais que chegam pelos Correios de todo o país.
Para o tratamento dos animais, eles precisam de materiais como caixa de luvas para procedimentos, tapetes higiênicos descartáveis, arranhadores, colchões, material de limpeza, fraldas descartáveis para animais de três a sete quilos, ração especial e também ajuda para despesas veterinárias. Quem quiser ajudar, pode entrar em contato com o Alceu pelo telefone: (14) 9613-3453.
LEMBRE-SE: MALTRATAR E ABANDONAR ANIMAIS É CRIME! NÃO FIQUE DE BRAÇOS CRUZADOS! DENUNCIE: 190
Por Janaína Camoleze

4 de março de 2011

Após protesto, Universidade de Utah bane compra de animais para pesquisa

Por Tiago Claus (da Redação)
Após investigação da PETA e uma campanha que durou um ano todo, com forte apoio dos internautas (a ANDA noticiou no início de janeiro), a Universidade de Utah (EUA) anunciou que não irá mais comprar cães e gatos da NUVAS (sigla em inglês para Abrigo de animais de North Utah Valley) e de nenhum outro abrigo, para usá-los em mortais e abusivas pesquisas de laboratório. Segundos informações da PETA, como a universidade era a última compradora de animais abandonados para experimentos, essa vitória significa o fim dessa cruel prática em todo o estado de Utah.
Até essa investigação aparecer, em 2009, abrigos públicos de Utah eram obrigados por lei a vender animais para a universidade. Logo após o caso tornar-se público, a universidade foi acusada de 9 violações em leis federais que combatem maus-tratos, e o estado de Utah modificou a lei para que os abrigos públicos pudessem escolher se venderiam ou não seus animais para experimentação, o que cessou a venda da maioria dos animais de abrigos.
A PETA entrou então com uma ação obrigando-os a publicar todos os animais vendidos. E foi assim que Sheena, noticiada anteriormente pela ANDA, se salvou logo antes do Natal.
                                       Sheena aproveitando a neve. Foto: Reprodução/PETA
A universidade já está utilizando modernos simuladores de recém-nascidos de humanos, ao invés da intubação de gatos, para seu curso de intubação.
Agora, animais que forem para os abrigos não se sentirão traídos pelos que deveriam protegê-los, e os tutores que perderem algum animal saberão que, se eles forem para os abrigos, não serão vendidos para laboratórios.
Ainda que isso seja um grande passo, muitos animais ainda sofrem nos laboratórios de outras universidades em MichiganCarolina do SulOhioDallas e Galveston, Texas, só para citar algumas. Visite os links (clicando nos nomes das universidades, acima) para enviar seu protesto aos responsáveis. A vitória não estará completa até que todas as jaulas estejam vazias.

Por Janaína Camoleze

24 de fevereiro de 2011

Ativistas farão protesto em Brasília contra decisão do TJ de devolver animais ao Le Cirque

Por Antoniana Ottoni  (da Redação)
No último dia 3 de fevereiro, foi aprovado pelo Tribunal de Justiça do DF e territórios (TJDFT) o relato do  desembargador João Timóteo de Oliveira, que absolve dos crimes de maus tratos o Le Cirque e determina a sua devolução ao circo.
O relato reconhece a existência de laudos de técnicos e médicos veterinários de autoridades do governo e ONGs atestando ferimentos, desnutrição, parasitoses, comprometimento de órgãos vitais, anemia, marcas de manejo feito com instrumentos elétricos, garras arrancadas e vida em recintos que impossibilitavam o movimento mínimo dos animais que foram apreendidos em 2008 do Le Cirque, dentre os quais, 1 elefante africano, 4 elefantes indianos, 1 hipopótamo, 2 chimpanzés, 10 pôneis, 2 camelos, 2 girafas, 2 lhamas, 1 rinoceronte branco e 1 zebra.
Paradoxalmente, o relator justifica toda essa espécie de agressões a seres sencientes como sendo normais à vida de animais em espetáculos, como se uma prática bárbara, antiética e ilegal fosse aceitável — apenas por ser “o que os circos fazem”
É particularmente alarmante que a decisão aprovada questione a Lei de crimes ambientais em sua íntegra, chamando-a de “heresia jurídica”, e  seu artigo 32, que estabelece como crime ferir, maltratar e mutilar animais, de “aberração”.

Desta forma, o desembargador João Timóteo de Oliveira e a 2a turma criminal do TJDFT, composta também pelos desembargadores Alfeu Machado e Silvânio Santos, ao julgarem a lei dos crimes ambientais “desvairadamente repressiva” e justificarem estas e outras práticas lesivas a seres sencientes (defendendo, por exemplo, a submissão de galos a rinhas) dão um passo rumo à idade média justamente quando estamos, no Brasil e em todo o mundo, caminhando na direção de compreender que nada justifica a exploração e os maus tratos de animais sencientes, social e cognitivamente complexos em espetáculos apenas para nosso “deleite”.
Os animais que foram apreendidos do Le Cirque, hoje em santuários, zôos e hotéis fazenda, livres das correntes, da desnutrição, dos recintos minúsculos e fétidos, não podem ser devolvidos a uma vida de sofrimento.
A ProAnima (Associação Protetora dos Animais do DF ) e a ADI (Animal Defenders International) convidam a todas as pessoas de bem da cidade para participarem de manifestação pacífica em frente ao TJDFT no Eixo Monumental, às 13 horas desta sexta feira, dia 25 de fevereiro, contra esta decisão anti-ética e lamentável, que, caso não seja revertida, trará não só sofrimentos avassalador para estes animais como também cria um precedente grave de atentado à Lei de crimes ambientais.
Os defensores dos animais darão um abraço ao recinto do elefante Chocolate, no Zôo de Brasília, às 11 horas da manhã, no domingo, dia 27 de fevereiro.
Serviço:
ATO contra a devolução dos animais ao Le Cirque
Seja a voz dos animais. Compareça. Divulgue!!!
Em frente ao TJDFT (Eixo Monumental)
Sexta feira 25/2/2011
13 horas
Por Janaína Camoleze

18 de fevereiro de 2011

Escola de samba ‘Tom Maior’ quer levar jaguatirica para desfile em SP

Para veterinários, exposição de animais é “absurda”

Uma jaguatirica estará no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, no carnaval deste ano. Ela será levada pela Escola Tom Maior. A agremiação pretende submeter ao estresse, ainda, um segundo animal – uma suçuarana ou um lagarto.
Veterinários e defensores dos animais consideram a exposição dos animais “absurda” e dizem que eles podem até morrer por estresse.
A Tom Maior, que vai homenagear a cidade paulista de São Bernardo do Campo e pretende ainda trazer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alegou querer transmitir uma mensagem de “preservação” por meio do que eles consideram como uma “brincadeira”: “queremos fazer uma brincadeira e passar essa mensagem”, disse o presidente da agremiação, Marko Antonio da Silva.
Ainda não está claro se os animais vão ou não desfilar. Silva deu duas versões à reportagem sobre a atuação dos animais. No domingo, garantiu que eles desfilariam. Ontem, o presidente afirmou que os animais não entrarão na avenida. “Eles vão ficar em jaulas com rodinhas e vão até a concentração.” A ideia é que os animais fiquem antes da comissão de frente. Assim que o desfile começar, as jaulas seriam levadas para outro ponto da concentração.
Segundo veterinário, os animais podem morrer de estresse. (Foto: Tiago Queiroz/AE)
Silva ainda garantiu que não vai pedir autorização ao Ibama, apesar de ela ser obrigatória. “A ideia é não falar, porque eles não vão autorizar e vão estragar nosso feito.”
Segundo o Ibama, a Tom Maior precisa de autorização do órgão para o transporte dos animais ao sambódromo e eles devem viver em criadouro registrado no instituto.
Para o advogado ambientalista Carlos Cipro, a presença dos animais é “estresse injustificável”. Segundo ele, ficam caracterizados abuso e maus-tratos pela Lei de Crimes Ambientais. Ainda existe uma lei municipal que proíbe a exposição.
A São Paulo Turismo (SPTuris), responsável pela organização do carnaval paulistano, diz que o caso deve ser analisado pela Liga das Escolas de Samba. Já o regulamento do carnaval é omisso em relação ao caso.
Canal de contato



No site da agremiação há uma canal de contato (Fale conosco). Manifeste-se contra essa prática criminosa e cruel de submeter animais a condições absolutamente estressantes: :http://www.grestommaior.com.br/
Por Janaína Camoleze

14 de fevereiro de 2011

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS ANIMAIS

PROCLAMADA PELA UNESCO EM SESSÃO REALIZADA EM BRUXELAS, EM 27 DE JANEIRO DE 1978 

Considerando que cada animal tem direitos;

Considerando que o desconhecimento e o desprezo destes direitos levaram e continuam levando o homem a cometer crimes contra a natureza e contra os animais;

Considerando que o reconhecimento por parte da espécie humana do direito à existência das outras espécies animais, constitui o fundamento da coexistência das espécies no mundo;

Considerando que genocídios são perpetrados pelo homem e que outros ainda podem ocorrer;

Considerando que o respeito pelos animais por parte do homem está ligado ao respeito dos homens entre si; 

Considerando que a educação deve ensinar à infância a observar, compreender e respeitar os animais, PROCLAMA-SE: 

Art. 1º - 
Todos os animais nascem iguais diante da vida e tem o direito a existência. 

Art. 2º -
a) Cada animal tem o direito ao respeito.
b) O homem, enquanto espécie animal, não pode atribuir-se o direito de exterminar os outros animais ou explorá-los, violando este direito. Ele tem o dever de colocar a sua consciência a serviço dos outros animais.
c) Cada animal tem o direito à consideração, à cura e à proteção do homem. 

Art. 3º -
a) Nenhum animal deverá ser submetido a maltrato e a atos cruéis.
b) Se a morte de um animal é necessária, deve ser instantânea, sem dor nem angústia. 

Art. 4º -
a) Cada animal que pertence à uma espécie selvagem, tem o direito de viver livre no seu ambiente natural terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de reproduzir-se.
b) A privação da liberdade, ainda que para fins educativos, é contrária a este direito. 

Art. 5º -
a) Cada animal pertence à uma espécie, que vive habitualmente no ambiente do homem, tem o direito de viver e crescer segundo o ritmo e as condições de vida e de liberdade, que são próprias da sua espécie.
b) Toda modificação deste ritmo e destas condições impostas pelo homem para fins mercantis é contrária a este direito. 

Art. 6º -
a) Cada animal que o homem escolher para companheiro tem o direito a uma duração de vida, conforme sua natural longevidade. 
b) O abandono de um animal é um ato cruel e degradante. 

Art. 7º - 
Cada animal que trabalha tem o direito a uma razoável limitação do tempo e intensidade do trabalho, a uma alimentação adequada e repouso. 

Art. 8º -
a) A experimentação animal, que implica em um sofrimento físico e psíquico, é incompatível com os direitos do animal, quer seja uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer outra.
b) As técnicas substitutivas devem ser utilizadas e desenvolvidas. 

Art. 9º - No caso do animal ser criado para servir de alimentação, deve ser nutrido, alojado, transportado e morto sem que para ele resulte ansiedade ou dor. 

Art. 10º -
a) Nenhum animal deve ser usado para divertimento do homem.
b) A exibição dos animais e os espetáculos, que utilizam animais são incompatíveis com a dignidade do animal. 

Art. 11° - 
O ato que leva à morte de um animal sem necessidade, é um biocídio, ou seja, um delito contra a vida. 

Art. 12 º-
a) Cada ato que leva à morte de um grande número de animais selvagens, é um genocídio, ou seja, um delito contra a espécie.
b) O aniquilamento e a destruição do ambiente natural levam ao genocídio. 

Art. 13º -
a) O animal morto dever ser tratado com respeito.
b) As cenas de violência de que os animais são vítimas, devem ser proibidas no cinema e na televisão, a menos que tenham como fim mostrar um atentado aos direitos do animal. 

Art. 14° -
a) As associações de proteção e de salvaguarda dos animais devem ser representadas a nível de governo.
b) Os direitos do animal devem ser definidos por leis, com os direitos do homem.


Por Janaína Camoleze

5 de fevereiro de 2011

100 cães são resgatados de fábricas de filhotes

A Humane Society (HSUS) resgatou no estado americano de Tennessee 100 cães que se encontravam em condições deploráveis em uma fábrica de filhotes. Segundo a diretora da campanha Stop Puppy Mills (tradução livre: Pelo Fim das Fábricas de Filhotes), Melanie Kahn, vários cães estavam do lado de fora apesar do frio quase congelante, a chuva e o vento da noite anterior.
Dentro do galpão haviam Spaniels, Yorkies e Chihuahuas. Os cães reprodutores estavam presos dentro de jaulas com piso de arame. Suas patas estavam feridas por passar as 24 horas do dia presos.

O website da fábrica de filhotes diz: “Nós especializamos em pets saudáveis e amorosos para a família.”. Mas quando a equipe entrou em uma construção adjacente, estava tão frio e caótico que eles temeram que o piso pudesse se abrir sob seus pés. O cheiro de amônia e fezes acumuladas era muito forte.
Muitos dos cães estavam com o pelo muito sujo e grosso, alguns tão compridos que não era sequer possível dizer sua raça. Outros tinham sinais de negligência como abscessos e patas faltando também foram registrados.
Mais um triste episódio que poderia ser evitado se as autoridades fizessem a coisa certa e proibissem de vez a venda de animais.
Por Lobo Pasolini (da Redação)
Por Janaína Camoleze

30 de janeiro de 2011

Atenção para os cuidados com os cães em dias de muito calor

A temperatura elevada nesta época do ano aumenta a preocupação também com o bem-estar dos animais domésticos. Mas pequenas alterações na rotina garantem a saúde dos cães. “Diferentes do homem, os cachorros não trocam calor pela pele. Respirando é a forma principal de controlar o processo de refrigeração e manutenção do corpo deles”, afirma a médica veterinária da Tiscoski Agroshop, Lais Saccol.
O processo chamado hipertérmica ocorre quando os cães não têm condições de perder o calor. O risco aumenta para o cachorro filhote, idoso, obeso ou de focinho curto. “As raças boxer, buldogue, pug e lhasa são as com maior dificuldade em manter o equilíbrio térmico”, aponta Lais.

O primeiro sinal que o animal precisa de resfriamento é quando se mostra muito ofegante. No quadro de hipertérmica a temperatura corporal pode atingir até 42º C, provocando vômitos, coagulação intravascular disseminada, edemas pulmonares, paradas cardíacas e até mesmo chegar ao estado de coma. Já o contrário pode acontecer, de acordo com a veterinária, os tutores que quiserem deixar seus animais no ar-condicionado em temperatura gelada ou ambiente, pode deixar. “O único risco que o cão pode sofrer é se ficar mudando de temperatura, saindo e retornando ao quarto, ele tem que ficar no mesmo local para que seu organismo se acostume, porque as vezes o animal em função da mudança brusca de temperatura pode resultar em uma bronquite”, informa.
Segundo a veterinária, os cães braquicéfalos, que tem o focinho curto, como os Bulldogs, Pugs, Boxers, Shitsus, Lhasas Apso, Boston entre outros, sofrem mais com as altas temperaturas devido à anatômica dificuldade de respirar e perder calor. “Por isso não devemos nunca submeter os cães a situações de intenso calor ambiental, passear em horários muito quentes, ficar dentro de carros parados ou em viagem longas, e outras situações de estresse”, alerta. Nessa época do ano os animais devem ficar em ambiente agradável e sombreado, com água fresca disponível.
Alguns cuidados:
- Não deixe seu cão dentro do carro
- Evite passeios sob o sol forte, principalmente entre às 10 e 16 horas e em locais com gramas e asfalto que dificultam a troca de calor.
- Espalhe bebedouros pela casa
- Coloque uma piscina no quintal
- Aumente a frequência de banho e tosa
- Passe filtro solar em áreas desprotegidas
Por Janaína Camoleze

24 de janeiro de 2011

Em dois dias, 142 animais da Região Serrana ganharam um novo lar

As imagens da tragédia das chuvas na Região Serrana tocaram fundo a alma dos cariocas. Uma delas, em especial, comoveu idosos, adultos e crianças. Tratava-se de um cachorro ao lado de um túmulo. Inicialmente foi dito que era Caramelo zelando a sepultura da dona. Na verdade, Caramelo era Joe, o cachorro do coveiro. O engano, no entanto, serviu para mostrar à população a difícil realidade dos animais abandonados na região.
Mais de dez dias após a tragédia, mais de 50 protetores de animais estão tarbalhando no resgate e cuidando dos gatos e cachorros perdidos. Agora, é hora de encontrar um novo lar para eles. Em dois dias de feiras de adoção realizadas na Zona Sul do Rio, 142 cães e gatos  ganharam novos lares.

Na realizada ontem no Parcão da Lagoa Rodrigo de Freitas, não faltou quem quisesse apagar da memória dos bichinhos os dias de fome e horror. Todos os 42 cães e gatos filhotes foram adotados em poucos minutos.
As irmãs Gabriela, de 6 anos, e Sophia, de 4 anos, não conseguiram pegar uma senha, mas prometeram voltar na semana que vem para levar um cachorrinho para casa.
“Quero cuidar de um cachorrinho desses. Vou colocar o nome de Lili,” contou Gabriela, com o olhar de decepção por ter que adiar o sonho de ter um cachorrinho.
Até o dia 8 de março, serão realizadas novas feiras de adoção.
Por Janaína Camoleze 

23 de janeiro de 2011

Exploradores de animais fazem até promoções para lucrar com vidas

Por Lobo Pasolini (da Redação)



Dentro do veganismo existe uma corrente de pensamento que acredita que enquanto houver capitalismo o veganismo será impossível. Embora talvez isso não seja exatamente um fato, existe uma certa verdade nessa teoria porque o princípio do capitalismo e da industrialização (a qual o comunismo também promovia) é a exploração, de animais (humanos ou não) e da natureza em geral.
A chamada indústria de criação de animais domésticos, focada principalmente em cães, gatos e aves, epitoma a dinâmica dessa exploração. Os animais são tratados como produtos, expostos em vitrines e quando não escoam, são ‘despachados’ para um destino trágico. Outro dia um conhecido que havia comprado um cachorro (eu expliquei para ele nunca mais fazer isso) ficou chocado quando ligou para o criador simplesmente para relatar que o cão tinha um problema de saúde congênito. O criador imediatamente se ofereceu para matar o cachorro e lhe dar outro. Eu disse que é esse o modus operandi dessas pessoas.
Há pouco tempo escrevemos sobre uma empresa em Fortaleza que organiza um consórcio de cães de raça para ‘facilitar’ a compra de animais para aqueles que talvez não tenham dinheiro para um ‘investimento’ a vista.
E agora chegou aos nossos ouvidos que hoje em Campo Grande está sendo realizada uma feira de animais que estarão a venda com 30% de desconto. Os animais são do Canil Campo Grande e o evento acontece na Rede Econômica da Joaquim Murtinho.
Segundo a matéria, o diretor do canil, Mauro César Barbosa, disse que quem comprar um filhote terá “vantagens além do desconto. Cada cãozinho levado terá 21 dias após a compra com assistência veterinária gratuita. Qualquer problema é só ligar que um profissional irá à casa do dono”, ele disse.
Eventos como esse removem de vez o falso véu de respeitabilidade que esses ditos criadores tentam passar para um público conivente com essa indústria sórdida. O aspecto comercial é tão escancarado que não deixa dúvidas sobre o significado que os animais têm para esses mercadores de vidas. O momento desse evento é particularmente infeliz: com tantos cães perdidos nas montanhas cariocas, é extremamente insensível promover a venda de mais animais no mundo com tantos precisando ser adotados.
Que ama, adota. Sempre.
Por Janaína Camoleze